sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

a calma da presa

Desfazem-se os gestos que procuraram olhos. Bom saber da calma, não prévia ou posterior à caçada, mas a que nunca pensou perseguir, disparar, comer. A calma da presa que faz sua vida, cheira, toma banho, lê, caminha pelos trilhos à beira do rio, pelas rochas à beira-mar sem dar pela presença do olho nunca satisfeito, esse germe onde poderia nascer a guerra, a música, um grito ou o amor mais rotundo de sempre, quem sabe.

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