segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

adeus

assistir ao adeus dos nomes
sumindo como chuva
noutra erva
virando uma outra água
afastada
impossível ao tacto
do tempo do agora

despedir paisagens
que já não inquietam
noites com tendência para
nightmares
[palavra obscura
de qualidade líquida
maré noturna
a enfiar-se silenciosa
entre tudo o que somos
ventre sonhos lençóis]
não fazer mais sentido
e meus sentidos
voltarem a ser meus
embalos calmos
berços baloiços
dormidos

para o hoje o dia da luz serem
sonho de barco morno
ao longe pássaros risos
sol e pão com mel
de volta ao encontro
de um nós que
é

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