sábado, 17 de dezembro de 2011

morna cesariana

existe um jardim prometido
um oceano vital de necessidade
uma casa natal um colo onde dormir
um embalo suspenso sobre si mesmo
onde todos levitamos
onde tudo é possível
o infinito agora
onde a nossa casa é a lembrança
de uma música leve longínqua
que ecoa como a infância
um território sem forma onde aterram
os sonhos
onde o tempo é uma ideia louca
onde a única verdade é o ser
e os corações caminham descalços pela areia
que foi rocha e se tornou praia

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